A pouco mais de cinco meses do primeiro turno das eleições deste ano, Simone é a postulante ao Palácio do Planalto que mais pagou diretamente por impulsionamento de conteúdo para promover seu nome. Ela e o partido não quiseram se manifestar sobre o fato.
Os anúncios mostravam a presidenciável falando dos problemas dos brasileiros, como alta dos preços, fome, miséria e desemprego. Seis anúncios geraram mais de 1 milhão de impressões, conforme o levantamento.
No mesmo período, o PT pagou, em anúncios na plataforma, R$ 92,9 mil. Alguns deles mostram a situação do País nos anos em que a legenda esteve no poder; em outros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato ao Planalto, discute questões variadas, como temas ligados à economia.
“Embora o Facebook não seja a rede do momento, ainda preserva uma base de usuários bem consolidada que será importante em qualquer plano de comunicação digital nesta campanha”, afirmou o pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rodrigo Carreiro, em entrevista ao Estadão.
Diretor do Aláfia Lab, ele disse que as campanhas já conhecem mais profundamente as plataformas e as possibilidades de segmentação.
Apesar de ser a campeã em gastos com redes sociais, Simone ainda não conseguiu decolar nas pesquisas e segue na faixa de 1% a 2% nas pesquisas de opinião. Entre os cotados para representar a terceira via, ela só fica na frente de Luciano Bivar, o presidente do União Brasil.
O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), consegue ficar entre 2% e 3%. Fora da disputa, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ainda sonha em passar uma rasteira no paulista e assumir o posto de presidenciável tucano.
No Facebook, Simone tem 154 mil seguidores, contra 14,5 milhões de Jair Bolsonaro (PL), 4,8 milhões do ex-presidente Lula, 2,6 milhões de Doria, 955 mil de Ciro Gomes (PDT) e 448,5 mil de Leite.