A disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, vai ser ainda mais difícil do que nas competições anteriores. Essa pelo menos é a previsão do técnico Dunga. O motivo é simples: tentar esquecer o vexame dos 7 a 1 no Mundial em casa, no ano passado, e a eliminação da última Copa América.
"Tudo nas Eliminatórias se torna difícil. E agora temos uma condição de mudar o foco. O que aconteceu na última Copa, é o mesmo de 50. É uma cicatriz que ficará para sempre. E temos que passar para o torcedor que teremos dificuldades. Mesmo quando o Brasil tinha um time muito superior, teve dificuldade", disse o treinador durante entrevista coletiva que definiu os 23 jogadores para as Eliminatórias.
E o drama do Brasil ainda vai ficar mais intenso, uma vez que o técnico não contará com seu principal jogador Neymar nos dois próximos jogos, já que está suspenso pelo Tribunal da Conmebol pela expulsão contra a Colômbia, na Copa América.
Sem o craque do Barcelona, o comandante do Brasil apela para a união entre os jogadores. “Queríamos contar com o Neymar, mas não é possível. Temos que unir forças nos jogadores que temos. Vamos trabalhar pelos objetivos. O fato é que são com esses jogadores que vamos contar. Não é possível ter o Neymar nesse momento”, lamentou.
Dunga também preferiu fazer o mistério quanto ao substituto de Neymar. "Quanto a quem vai jogar ou não, já tenho uma ideia do que escalar, mas ainda depende muito de como os jogadores vão chegar, e aí vou montar a equipe conforme o nosso pensamento", esquivou-se.
Se não pode contar com o camisa 11, Dunga justificou as principais novidades em sua lista: o corintiano Renato Augusto e Rafinha. “O Renato Augusto tem uma boa visão, bom chute de fora, passes de curta e longa distância e ainda tem a experiência do futebol alemão. Tem feito ótimo Campeonato Brasileiro e por isso foi convocado", justificou o treinador.
Sobre a convocação do jogador do Bayern de Munique, o treinador destacou. “É experiente, joga na Europa, a Champions. Está dada a oportunidade e depende do jogador. Ele tem personalidade, bom cruzamento e consegue jogar como lateral, como o futebol brasileiro gosta”.