17/09/2015 às 15h52min - Atualizada em 17/09/2015 às 15h52min

Chile suspende alerta de tsunami após terremoto

CORREIO DO BRASIL
Construção danificada por terremoto na cidade de Illapel, no centro do Chile

O Chile suspendeu na manhã desta quinta-feira o alerta de tsunami emitido após um forte terremoto na quarta, informou o governo. “O alerta de tsunami está suspenso para todo território nacional”, disse o Escritório Nacional de Emergências pelo Twitter.

O porto de Coquimbo, no norte do Chile, sofreu danos severos e está inoperante devido ao forte terremoto que atingiu o país, informou o ministro do Interior chileno, Jorge Burgos.

Dez pessoas morreram em consequência do terremoto de magnitude 8,3 na escala Richter, que abalou o Norte e Centro do Chile, segundo novo balanço das autoridades chilenas.

– Morreram mais dois chilenos, além dos oito que tínhamos anunciado anteriormente – disse à imprensa o ministro do Interior, Jorge Burgos.

Mais de 1 milhão de pessoas foram retiradas de casa após o tremor de magnitude 8,3 ocorrido na costa chilena no oceano Pacífico, que provocou ondas fortes em cidades litorâneas e deixou ao menos 10 mortos.

O terremoto de magnitude 8.3 que atingiu a região central do Chile na noite de quarta-feira. Ondas de até quatro metros inundaram comunidades costeiras e obrigaram a evacuação de cerca de 1 milhão de pessoas.

O sismo, seguido de pelo menos 40 réplicas, ocorreu no Oceano Pacífico diante da costa do país, a 25 metros de profundidade e a uma distância de 229 quilômetros da capital, Santiago, segundo informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Os tremores puderam ser sentidos em Buenos Aires, na Argentina, e até mesmo em São Paulo. Alertas de tsunami foram lançados desde o Chile até a Califórnia, Havaí e Polinésia Francesa.

As autoridades ordenaram a evacuação de comunidades na costa do Pacífico, muitas das quais sofreram inundações em áreas residenciais em razão dos tsunamis, segundo informações das Forças Armadas chilenas.

Cerca de 135 mil residências nas regiões mais afetadas ficaram sem energia elétrica, e pouco mais de 3 mil famílias tiveram o abastecimento de água potável prejudicado. Até o momento, duas mulhers e três homens morreram em razão de deslizamentos ou de paradas cardíacas. Uma pessoa está desaparecida.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, irá até as regiões afetadas. Ela ainda não decidiu se vai declarar estado de exceção, como ocorreu em terremotos anteriores, afirmando que “até agora, acreditamos que não seja necessário”. Ela disse, porém, que os locais atingidos serão declarados “zona de catástrofe”, o que permite o envio de ajuda com maior rapidez.


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