15/04/2024 às 07h20min - Atualizada em 15/04/2024 às 07h20min

Em visita presidencial, Riedel pede que Lula 'olhe com carinho' a obra da UFN3 e que fábrica é essencial para o Brasil

Lula esteve em Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (12), para acompanhar o embarque de carne bovina para a China de um dos frigoríficos recém-habilitados para exportação ao país asiático.

DA REDAÇÃO/G1 - MS
Divulgação
Durante a visita presidencial de Lula a Mato Grosso do Sul, na manhã desta sexta-feira (12), o governador Eduardo Riedel (PSDB), pediu uma solução para a retomada da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas (MS). Em sua fala, o chefe do Executivo estadual afirmou que a fábrica é essencial para o desenvolvimento do Brasil.

"Finalizo pedindo que o senhor possa olhar com carinho para a Unidade de Fertilizantes de Três Lagoas, a UFN3. É essencial para o desenvolvimento e o crescimento não só do Estado, mas de todo o nosso Brasil”.

Lula cumpriu agenda em Campo Grande para acompanhar o primeiro lote de carne bovina que foi enviado para China a partir de um dos frigoríficos recém-habilitados para exportação ao país asiático. A China é o principal parceiro comercial para proteína animal do Brasil, além de ser líder como destino das exportações brasileiras de carnes bovina, suína e de frango.

A cerimônia contou com a preseça da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, do embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao e diversas outras autoridades.

A unidade

As obras da fábrica começaram em 2011 e foram paralisadas em dezembro de 2014, quando a Petrobras rompeu o contrato com o consórcio que havia vencido a licitação para a construção, alegando descumprimento do contrato.

Em 11 de fevereiro de 2017, a estatal anunciou que estava colocando à venda a UFN 3 e também da Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), que opera em Araucária (PR), como parte da estratégia de desinvestimento da companhia e de saída da produção de fertilizantes no país. Mais de um ano depois, em 9 de maio de 2018, a Petrobras, em comunicado de mercado, informou o início das negociações com exclusividade com o grupo russo Acron pelo prazo 90 dias.

A venda da fábrica, então bem encaminhada, ficou em suspenso, entretanto, em junho de 2018, quando o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu, por meio de uma liminar, o governo de privatizar empresas estatais sem prévia autorização do Congresso.

Ao julgar o mérito da ação sobre o assunto, o plenário do STF decidiu no dia 6 de junho deste ano, manter a proibição para as estatais, mas autorizou as vendas das subsidiárias, as subdivisões dessas "empresas-mães", sem o aval do Legislativo.

No dia 14 de junho, a estatal comunicou ao mercado a retomada do processo para a venda da UFN 3 e também da Ansa. "Dessa forma, a Petrobras está retomando o processo competitivo para a venda dessas unidades", afirmou a empresa, acrescentando que "a operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria da alocação do capital da companhia".
Unidade de Fertilizantes III (UFN-III) em Três Lagoas, MS — Foto: Reprodução/TV Morena

A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no seguimento de fertilizantes. A empresa da Rússia manifestou interesse na compra da fábrica, mas depois desistiu diante do empecilho para o fornecimento do gás natural, que viria da Bolívia. Agora, novamente o grupo finaliza a negociação deste importante ativo estratégico para Mato Grosso do Sul.

Em abril de 2022, a Petrobras desistiu de vender a UFN 3 para o grupo russo Acron. Segundo comunicado, o plano de negócios proposto pela empresa em substituição ao projeto original impossibilitou algumas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação. Agora, a Petrobras estuda retomar a obra.

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