Os jogadores da seleção brasileira se apresentaram em grupos no Hotel Intercontinental, em Santiago, no Chile. O técnico Dunga não quer perder tempo na preparação, e o grupo já foi para o campo treinar para o difícil jogo da próxima quinta-feira contra os donos da casa, na estreia do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 na Rússia.
Os jogadores que atuaram pelo seus clubes no domingo, Gil, Renato Augusto, Elias, Ricardo Oliveira, Lucas Lima, Marcelo, Filipe Luís e Fabinho, trabalharam separadamente, com o preparador físico Fábio Mahseredjian, em atividade física e depois foram para o campo do Estádio San Carlos de Apoquindo para realizar corrida leve.
O restante do grupo, depois do aquecimento com o preparador físico Ânderson Paixão, treinou sob a orientação de Dunga e o assistente Andrey Lopes. Foi um treinamento técnico, com dois toques, para exercitar pressão de jogo, rapidez nas ações e inversão de jogadas.
Os goleiros Jefferson, Marcelo Grohe e Alisson trabalharam com o preparador Taffarel.
Já nesta terça-feira, o treino foi novamente no Estádio San Carlos de Apoquindo, do Universidad Católicas, já com a presença de Marquinhos, David Luiz, Lucas, Douglas Costa e Kaká, que se apresentaram pela manhã.
Copa do Mundo no Brasil
Um dos grandes legados deixados pela Copa do Mundo de 2014 foi o da construção sustentável, a partir da certificação das arenas que abrigaram os jogos da Copa no ano passado. “É uma experiência de sucesso pouco conhecida dos brasileiros. Ela abre uma referência importante para continuar alavancando a liderança do Brasil, principalmente na área da construção civil”, afirmou Cláudio Langone.
Langone é consultor do Ministério do Esporte e participou, na última quinta-feira, de debate sobre a Certificação das Arenas na Copa de 2014, em audiência na Câmara dos Deputados.
– Essa experiência da Copa nos colocou entre os países com maior número de instalação esportiva certificada de grande porte. O Brasil tem se destacado na liderança da construção sustentável no cenário internacional. A experiência da Copa ajudou muito – reiterou Cláudio Langone.
Ele relatou que a origem desse projeto se deu no momento em que se debatia a viabilização dos recursos para a reforma ou a construção dos estádios para a Copa de 2014. O consultor contou que a questão envolvendo sustentabilidade dominou o debate, uma vez que a certificação da sustentabilidade dos estádios não era obrigação da Fifa.
A proposta que prevaleceu para acabar com o impasse, explicou Langone, foi o condicionamento para acesso ao financiamento do BNDES, da obrigatoriedade de certificação de construção sustentável por organismo reconhecido internacionalmente.
Ele disse ainda que as 12 arenas construídas se incorporaram ao projeto. Dessas, nove receberam certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) que, em livre tradução, significa “Liderança em Energia e Design Ambiental”.
A certificação LEED é uma certificação para construções sustentáveis, concedida pela Organização Não-Governamental (ONG) Norte Americana U.S. Green Building Council (USGBC) que utiliza critérios de racionalização de recursos como energia, água, emissões de efluentes líquidos e gasosos entre outras que devem ser observadas nas edificações.
Cláudio Langone informou ainda que três das 12 arenas estão com processo de certificação em conclusão na USGBC. “Estamos levando como legado global o fato de a Fifa tomar a decisão de tornar a certificação das arenas um quesito obrigatório para as próximas Copas”, anunciou Langone.