O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que acha difícil a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso apreciar ainda este ano análise das contas do governo de 2014 feita pelo TCU, que recomendou a rejeição.
Cunha reiterou que, apesar da decisão do Tribunal de Contas da União tomada na véspera, a palavra final é do Congresso Nacional.
Aplicação milionária de Cunha em banco suíço
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tem US$ 2,4 milhões (R$ 9,3 milhões) aplicados em fundos de investimentos. É o que informa o banco Julius Baer às autoridades suíças. O dinheiro está bloqueado.
No total, são quatro contas abertas na instituição em nome de empresas offshore, ligadas a Cunha, sua mulher, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, e uma das filhas do deputado, segundo reportagem de Graciliano Ramos. Uma delas foi aberta em 2008.
O dinheiro não aparece no imposto de renda do peemedebista, que nega ter contas no exterior. É também menor do que mencionado pelo delator Julio Camargo, que afirmou ter pagado propina de US$ 5 milhões em um contrato de navios-sondas para a Petrobras.
Todas as informações das contas foram enviadas à Procuradoria-Geral da República no final da tarde desta quarta-feira, por malote diplomático, evitando o caminho habitual de cooperação.