12/10/2015 às 08h21min - Atualizada em 12/10/2015 às 08h21min

EUA não podem convencer todos os membros da OTAN travar guerra contra Rússia

Há uma divergência entre os membros da OTAN que atualmente está travando uma guerra midiática contra a Rússia

CORREIO DO BRASIL

Na última segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores turco disse que um avião militar russo tinha violado o espaço aéreo do país, perto da Síria no inicio deste mês. O Ministério da Defesa russo explicou mais tarde que em 3 de outubro, um avião Su-30 entrou brevemente no espaço aéreo turco por alguns segundos devido às más condições de tempo.

Sendo a Turquia um membro da aliança, a OTAN reagiu ao incidente com uma reunião de emergência do Conselho do Atlântico Norte. O Secretário Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, considerou que o incidente fora deliberado.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou que as ações da Rússia poderiam ser consideradas como um ataque à Turquia e, portanto, um ataque contra toda a aliança.

Alguns meios de comunicação gregos se perguntam por que os EUA e a OTAN estão reagindo desta forma. Por exemplo, o site de noticias grego Tribune.gr criticou duramente as palavras de Stoltenberg que a operação russa na Síria não está contribuindo para a segurança e a estabilidade na região.

Artigos de tal tom provam que os EUA não conseguiram antagonizar todos os membros da OTAN e a Rússia, disse Grigory Tischenko, chefe do Centro de Estudos da Defesa.

– Os Estados Unidos não conseguiram convencer toda a aliança a travar uma guerra de informação contra a Rússia. Há uma série de diferenças no seio da OTAN. Suponho que a reunião de emergência do Conselho da OTAN tenha abordado esta questão – disse o analista.

O especialista acrescentou que a reunião de emergência do Conselho do Atlântico Norte também fazia parte da estratégia midiática:

– Os Estados Unidos iniciaram uma outra sessão para forçar todos os membros da OTAN para travar uma guerra de informação coordenada contra a operação militar russa na Síria, bem como contra a política russa no Médio Oriente.

Ele também ressaltou que os detalhes da operação da coalizão liderada pelos EUA na Síria não foram tornados públicos.

– Quanto à operação liderada pelos Estados Unidos na Síria, é um segredo bem guardado. Esta guerra está coberta de um mistério – concluiu analista político.


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