18/10/2015 às 11h05min - Atualizada em 18/10/2015 às 11h05min

Imigrante afegão é morto quando tentava atravessar fronteira da Bulgária

CORREIO DO BRASIL
Um imigrante afegão foi atingido por tiro quando tentava atravessar a fronteira entre a Bulgária e a Turquia

Um imigrante afegão foi atingido por tiro quando tentava atravessar a fronteira entre a Bulgária e a Turquia na noite de quinta-feira. Ele morreu a caminho do hospital, segundo o Ministério do Interior búlgaro.

– Um grande grupo de migrantes ilegais tentou entrar na Bulgária através da fronteira com a Turquia. Um homem levou um tiro durante o incidente e acabou por morrer quando estava sendo transportado para o hospital – afirmou o porta-voz do Ministério do Interior em declarações à agência de notícias francesaAFP.

O incidente aconteceu perto da fronteira no Sudoeste da Bulgária, próximo à cidade de Sredets, acrescentou a fonte citada pela AFP.

UE e Turquia

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que a União Europeia (UE) chegou na quinta-feira  a um acordo com a Turquia sobre um plano de ação comum para as migrações, que considerou um “passo decisivo”.

– O plano de ação comum é um passo decisivo para enfrentar o fluxo migratório – disse Tusk, em conferência de imprensa no final do Conselho Europeu. Em contrapartida, Bruxelas compromete-se a acelerar as negociações sobre os vistos para cidadãos turcos.

O presidente do Conselho Europeu disse também que os líderes da UE chegaram a decisões sobre as quais sente um “otimismo cauteloso”, para aumentar a segurança das fronteiras externas.

– Chegamos a um acordo sobre o conteúdo exato deste plano de ação – indicou também o chefe do Executivo europeu, Jean-Claude Juncker, precisando que o montante da ajuda que a UE deverá dirigir a Ancara será negociado “nos próximos dias”.

A chanceler alemã Angela Merkel tinha advertido previamente os líderes políticos europeus que a Europa não poderia enfrentar o problema sem a contribuição da Turquia, que acolhe mais de 2 milhões de refugiados sírios.

– Não podemos organizar a corrente dos movimentos de refugiados sem trabalhar com a Turquia – disse Merkel, que deverá visitar a Turquia este fim de semana para conversações com o presidente Recep Tayyip Erdogan sobre a crise das migrações e a Síria.

A Turquia é o principal ponto de partida para os mais de 600 mil refugiados que entraram na Europa em 2015, a maioria efetuando curtas, mas perigosas, travessias no Mediterrâneo oriental em direção às ilhas gregas em fuga das guerras no Médio Oriente e do Norte de África.

A Agência Frontex deverá ser “transformada em um corpo mais operacional”, sendo reforçado o contingente de guardas fronteiriços pelos Estados-membros, principalmente a Grécia e Itália, e criado um sistema de repatriamento de migrantes irregulares.

Em 6 de setembro, a União Europeia (UE) tinha anunciado um “plano de ação comum” com a Turquia que previa a mobilização de fundos europeus e o acolhimento de refugiados vindos da Turquia em troca da abertura de centros de apoio.

Os europeus pretendiam que a Turquia disponibilizasse no seu território seis “centros de recepção” destinados a refugiados e requerentes de asilo, cofinanciados pela UE, uma perspetiva que até agora tinha sido rejeitada pelo governo turco.

Bruxelas pediu ainda à Turquia para efetuar patrulhas e operações de socorro ao longo das suas costas e receber os migrantes reenviados pela UE.


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