18/10/2015 às 12h11min - Atualizada em 18/10/2015 às 12h11min

Investimentos de frigoríficos de peixe somam R$ 220 milhões

Unidades serão instaladas em seis cidades até o próximo ano

CORREIO DO ESTADO
Luiz Carlos conta que o frigorífico planeja diferenciais que facilitem o preparo do peixe (Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado)

Cerca de R$ 220 milhões em investimento vão garantir que o peixe criado em Mato Grosso do Sul seja processado dentro do Estado e chegue até o prato do consumidor. O valor corresponde a seis frigoríficos que, segundo o cronograma de obras das empresas, devem ficar prontos até o próximo ano – alguns iniciam a produção ainda neste semestre. Em funcionamento, os empreendimentos vão corresponder a um reforço inicial de pelo menos  95 toneladas por dia em capacidade de abate e processamento da produção sul-mato-grossense. 

Os dados são da Superintendência Federal de Pesca e Aquicultura no Estado, que entre os dias 28 de setembro e 16 de outubro realizou regionalmente as ações da campanha nacional da Semana do Peixe com o objetivo de incentivar o consumo da carne. Segundo o superintendente Luiz David Figueiró, estruturar a cadeia para que todas as etapas, desde a criação até o processamento, sejam feitas dentro do Estado é um dos pontos estratégicos para alavancar o setor. “O setor está em ebulição, tem lucratividade maior que a pecuária. Mas a cadeia produtiva do peixe não está organizada como está a do boi, por exemplo”, compara. Ele afirma que há demanda de mercado, mas falta produção interna e, principalmente, indústrias preparadas para processar a carne e levar até a mesa do cliente. Hoje, existem apenas quatro abatedouros desse segmento que estão funcionando. “Nós não temos a cultura de comer peixe, não sabemos preparar. Tem as escamas, o espinho. Tem que saber processar, fazer o filé, vender em cortes, como já acontece com o frango”, diz. 

Processar a matéria-prima em cortes que facilitem a vida da dona de casa na hora de preparar o peixe é o foco do frigorífico do Grupo Acorci, que será montado em Campo Grande. “Queremos nos especializar em cortes, como costelinhas, filezinhos. Para facilitar para as donas de casa, para elas poderem comprar em pedaços, já preparados. Porque a gente sabe que é difícil você comprar, preparar e comer um peixe inteiro”, justifica o sócio-proprietário, Luiz Carlos Acorci Filho. 


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