11/02/2019 às 09h51min - Atualizada em 11/02/2019 às 09h51min

Florestas de Mato Grosso do Sul superam 1,1 milhão de ha

Setor tem oferta, mas não há demanda suficiente

Daniella Arruda
Correio do Estado

Mato Grosso do Sul fechou 2018 com 1,1 milhão de hectares de florestas plantadas, ultrapassando a meta de 1 milhão de ha prevista apenas para 2030 pelo Plano Estadual de Florestas, porém, o consumo projetado para esta expansão ainda está aquém do esperado. De acordo com estimativa da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS), no ano passado, o consumo chegou a 20 milhões de metros cúbicos, 33,3% menor do que a meta inicial, de 30 milhões de m³.

Com o preço atual da madeira de eucalipto inferior ao de 10 anos atrás e o custo em alta, o setor florestal de MS dispõe de oferta, mas não há demanda suficiente e, em razão desse cenário, os valores estão reprimidos. De acordo com o diretor-executivo da Reflore-MS, Dito Mário, a média paga pelo m³ recuou de R$ 60 para R$ 48 a R$ 55 – valor que varia de acordo com diversas condicionantes, como a proximidade da área plantada com o local de compra e exportação e até mesmo as condições das estradas. O valor considerado razoável para haver equilíbrio econômico-financeiro da atividade seria entre R$ 65 e R$ 70 o m³. “Há um excesso de áreas, os custos subiram e, com isso, os preços caíram”, explicou. Antes, exemplifica, plantava-se um hectare com R$ 6 mil, e hoje esse custo está em R$ 8,5 mil, aumento de quase 42%.

“O nosso setor florestal é muito jovem, ainda não está consolidado e o Brasil vem de uma recessão. Nós contamos com as atividades da celulose, com a vinda de mais uma fábrica no Estado, da siderurgia, do polo de madeira serrada. Outras fontes importantes são a energia e o etanol do milho, que também precisam de madeira para a secagem”, explicou Mário.

 


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