23/09/2021 às 10h36min - Atualizada em 23/09/2021 às 10h36min

Polícia acredita que animais carbonizados foram descartados em terrenos

Até o momento, o responsável pelo crime não foi identificado pelas equipes de investigação

Geisy Garnes e Bruna Marques
CAMPO GRANDE NEWS
Henrique Kawaminami
Polícia acredita que os 10 animais encontrados carbonizados em um terreno baldio do Bairro Parque Novo Século, em Campo Grande, já estavam mortos, quando foram descartados e incinerados. Até o momento, o responsável pelo crime não foi identificado pelas equipes de investigação. 

De acordo com o delegado Maércio Alves Barbosa, titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), a principal suspeita é que os animais tenham sido descartados no terreno, que tradicionalmente é usado por moradores da região como lixão.

Se a situação for confirmada, o autor não responderá por maus-tratos, mas sim, por crime de poluição. “Vamos supor que não foi maus-tratos, foi descarte, mas isso também é crime. O descarte desses animais é crime de poluição. Após a morte, é necessário a destinação correta. Trabalhamos nessas duas linhas: se eles foram mortos por maus-tratos ou se foi descarte".


Delegado Maércio Alves Barbosa, responsável pela investigação do caso. (Foto: Henrique Kawaminami)
As equipes apuram também se o crime foi cometido por clínica veterinária ou até mesmo ONGs (Organizações Não Governamentais). “Tudo é possível”. Segundo o delegado, o crime de poluição prevê pena de 1 a 4 anos e o de maus-tratos de 2 a 5 anos.

A área abandonada se destaca no bairro pelo lixo. Todo o terreno é coberto de entulhos e restos de móveis quebrados, o cheiro ruim pode ser sentido de longe. Foi no meio desse cenário, que a fogueira com corpos de nove cães e um gato foi encontrada. Além dos animais carbonizados, outros dois cachorros mortos foram jogados no local dentro de sacos plásticos. 

Em entrevista ao Campo Grande News, a comerciante Elizangela Ferreira Teodoro, de 38 anos, responsável por denunciar o caso, revelou que o descarte de animais, vivos e mortos, é comum no terreno. “Aqui é direto essa situação, resgatei diversos animais. Já encontrei cachorro com a unha arrancada, perdi a conta de quantos resgatei. Jogam aqui vivos, mortos, doentes, sem conseguir andar”.

Para encontrar o responsável pelo terreno, a delegacia especializada acionou a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana). Ele também pode ser responsabilizado pelo abandono do terreno. 


 
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