04/05/2017 às 01h20min - Atualizada em 04/05/2017 às 01h20min

Principais nomes para presidência estão sem palanque em MS por falta de candidatos

Maioria dos partidos não tem um nome de expressão para lançar ao governo do Estado

Airton Raes
Top Mídia News
Foto: Reprodução

Os partidos com os candidatos a presidente da República melhores colocados nas pesquisas não têm candidatos próprios ao governo do Estado em Mato Grosso do Sul. Inclusive o PT, tendo o ex-presidente Lula com 30% nas pesquisas, corre o risco de, pela primeira vez, não lançar uma candidatura à sucessão estadual.

Pesquisa realizada pela Data Folha e divulgada em 30 de abril, colocou o ex-presidente Lula com 30% das intenções de votos, ficando em primeira lugar na disputa presidencial. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) em segundo lugar com 15%. Em terceiro, Marina Silva (Rede), com 14%. O senador Aécio Neves (PSDB) aparece em quarto com 8% e Ciro Gomes aparece em quinto com 5%.

Apesar do quadro acirrado a nível nacional, PT, PSC, Rede e PDT em Mato Grosso do Sul não têm nomes para encabeçar as candidaturas ao governo e com isso garantir palanque no Estado para divulgar os candidatos a presidente da República.

No PT, o principal nome cotado para ser candidato ao governo, o deputado federal e ex-governador Zeca do PT, já afirmou que não aceita encabeçar a chapa e é pré-candidato ao Senado na chapa majoritária. Com isso, o diretório do partido terá o desafio de articular uma aliança que possibilite também criar um comitê para a campanha de Lula. O PT articula uma terceira via junto com o PDT, PTB e PSD.   

No PSC, as duas principais lideranças do partido no Estado, o senador Pedro Chaves e o deputado estadual Coronel David, já afirmaram que são candidatos à reeleição dos seus repetitivos cargos e descartam se candidatar ao governo do Estado para ajudar o partido. O partido estuda um nome entre aqueles que ganharam destaque dentro do PSC. Mas também analisa um nome de fora para que possa se filiar ao partido com a intenção de disputar a sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). A estratégia do partido é trazer Jair Bolsonaro ao Estado durante esse ano para dar visibilidade a sua pré-candidatura a presidência.

A Rede Sustentabilidade pretende fortalecer o partido com a intenção de dar visibilidade a candidatura de Marina Silva. Entretanto, ainda não possui um nome que possa encabeçar a chapa majoritária. Durante a eleição do diretório estadual, a ex-senador Heloisa Helena afirmou que o partido gostaria de ter candidato próprio nos Estados, inclusive Mato Grosso do Sul, mas que não irá forçar, nem passar por cima da autonomia dos diretórios estaduais.

Com Ciro Gomes candidato a presidente, o PDT em Mato Grosso do Sul cogita em lançar o juiz federal Odilon de Oliveira para o governo do Estado, em uma articulação de candidatura de terceira via com o PT, PSD e PTB. Entretanto, Odilon também ventilou a possibilidade de ser candidato ao Senado. O presidente estadual do partido, deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), é candidato à reeleição.

Entretanto, esse acordo de terceira via pode não prosperar devido as articulações do governo do Estado que tem buscado a aproximação entre o PSD e PTB. O PSDB, com o projeto da reeleição de Azambuja, é um dos poucos que terá candidatura própria garantindo palanque ao candidato tucano. Historicamente, os candidatos a presidente do PSDB sempre têm maior votação no Estado. 


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