30/04/2017 às 00h39min - Atualizada em 30/04/2017 às 00h39min

"Só perdi os votos que nunca tive", diz Marun sobre protestos contra reformas

Ele se refere ao recado que as centrais sindicais prometeram à classe política, com a frase “quem vota não volta”

Lucas Junot
Campo Grande News
Carlos Marun assumiu o protagonismo da reforma da Previdência, considerada impopular perante a sociedade (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Um dia depois da greve geral contra as reformas trabalhista e da Previdência, realizada ontem (28), o presidente da comissão especial da questão previdenciária na Câmara dos Deputados, Carlos Marun (PMDB), avaliou as manifestações como “uma pequena vanguarda tentando levar o maior número de pessoas a não trabalhar”.

 

Para o parlamentar, que considera o movimento legítimo, a obstrução do direito de ir e vir das pessoas e alguns episódios de violência ocorridos durante a manifestação são questões a parte, que prejudicam a sociedade. Ainda de acordo com Marun, “a pouca adesão” à greve, “demonstra que a maioria da população entende a necessidade da reforma [da Previdência]”.

Audiência pública contra as reformas foi realizada na Assembleia, mas contou apenas com representantes da oposição (Foto: Lucas Junot)

Audiência pública contra as reformas foi realizada na Assembleia, mas contou apenas com representantes da oposição (Foto: Lucas Junot)

Audiência pública contra as reformas foi realizada na Assembleia, mas contou apenas com representantes da oposição (Foto: Lucas Junot)
No dia de greve, alguns manifestantes chegaram a cochilar no saguão da Assembleia (Foto: Lucas Junot)

No dia de greve, alguns manifestantes chegaram a cochilar no saguão da Assembleia (Foto: Lucas Junot)

No dia de greve, alguns manifestantes chegaram a cochilar no saguão da Assembleia (Foto: Lucas Junot)
 

Ao ser questionado sobre os reflexos de protagonizar uma reforma considerada impopular, Marun disse que aposta no futuro desenvolvimento econômico do País como ponto positivo em sua atuação parlamentar. Ele se refere ao recado que as centrais sindicais prometeram à classe política, com a frase “quem vota não volta”.

“O deputado que exerce um mandato só pensando em se eleger de novo já começa com um erro de origem. Nunca foi essa minha forma de agir. Estou exercendo, fazendo o que eu e um grande numero de pessoas entendem ser certo e espero sinceramente que ao final aconteça o que sempre aconteceu: a cada eleição tenho dobrando meus votos. Só perdi os votos que eu nunca tive”, finalizou.

O presidente da comissão especial lembrou ainda que diversos ajustes foram feitos no texto proposto pelo governo Federal e que é favorável aos debates, “quando são produtivos”.

Questionado sobre a audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (28), Marun disse que cumpriu agenda no interior do Estado e não soube dizer se foi convidado para o evento.

“Tenho até participado de vários eventos, por exemplo em um da União dos Vereadores do Brasil, em Brasília, mas diante da falta de argumentos, a oposição não deixou eu falar. Fui pra debater e não deixaram eu falar. Em alguns lugares o clima é muito radicalizado, não é propício ao bom debate. Por isso penso que o melhor ambiente é a comissão”, avaliou.

Segundo a PM 10 mil pessoas participaram do protesto realizado ontem (Foto: Elci Holsback)

Segundo a PM 10 mil pessoas participaram do protesto realizado ontem (Foto: Elci Holsback)

Segundo a PM 10 mil pessoas participaram do protesto realizado ontem (Foto: Elci Holsback)

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