13/06/2017 às 17h13min - Atualizada em 13/06/2017 às 17h13min

Fachin autoriza transferência de Rocha Loures para carceragem da PF

Ex-assessor do presidente Michel Temer está na Papuda desde o último dia 7 e pediu para voltar à carceragem da Polícia Federal alegando risco de vida.

Renan Ramalho, G1, Brasília
G1
O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, na semana passada, ao deixar a sede da Polícia Federal em Brasília após prestar depoimento (Foto: André Coelho/Agência O Globo)

O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (13) a transferência do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para a carceragem da Polícia Federal em Brasília.

Preso na Penitenciária da Papuda desde o último dia 7, Rocha Loures pediu para voltar à carceragem da PF, onde estava inicialmente preso, alegando risco de vida.

Ex-assessor especial do presidente Michel Temer, Rocha Loures foi flagrado pela Polícia Federal recebendo, em São Paulo, uma mala com R$ 500 mil que, segundo as delações de ex-executivos da JBS, eram dinheiro de propina (relembre no vídeo abaixo).

 
 
 
 
 
 

Rocha Loures, ex-deputado e ex-assessor de Temer, é preso pela PF

 

O pedido de transferência

 

No pedido de transferência enviado ao STF, a defesa de Loures apontou "ameaças diretas e indiretas" ao ex-deputado por especulações na imprensa de que ele poderia fechar um acordo de delação premiada.

O pedido relatava ainda que, no último dia 8, o pai de Loures recebeu telefonema de um conhecido da família avisando que o ex-deputado corria risco de vida caso não concordasse com a delação.

Ao STF, os advogados do ex-assessor de Temer também apontaram que o interior de prisões é local "propício para se encaminhar 'um matador'" e, por isso, pediam, ainda, a prisão domiciliar de Rocha Loures, além de segurança para a família dele por agentes da Polícia Federal.

 

 

Decisão de Fachin

 

Na decisão em que autorizou a transferência do ex-deputado, Fachin considerou que, embora não haja provas do risco de vida, as alegações da defesa são graves e pediu apuração do Ministério Público.

O ministro negou o pedido de prisão domiciliar, mas determinou que a PF garanta a integridade física de Rocha Loures.


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