12/12/2017 às 13h47min - Atualizada em 12/12/2017 às 13h47min

Marun finaliza CPMI e acusa Janot de crimes contra segurança nacional e calúnia contra Temer

Ele ainda quer a suspensão dos benefícios de colaboração premiada dados aos irmãos Joesley e Wesley Batista

Liziane Berrocal
topmidianews
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Carlos Marun (PMDB), relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) na Câmara Federal, pediu o indiciamento do ex-procurador Geral da República Rodrigo Janot e a suspensão dos benefícios de colaboração premiada dados aos irmãos Joesley e Wesley Batista, além do indiciamento do ex-procurador Marcelo Miller, do procurador Eduardo Pelella e também de Eduardo Saudi, executivo da JBS. 

Janot é acusado por Marun por crime contra a segurança nacional, já que o relator entendeu que ele incitou a subversão da ordem política e social (artigo 23, I) e também caluniou e difamou o Presidente Michel Temer (PMDB) quando imputou a ele crimes sem a devida investigação. 

“Aqui, nada foi inventado, está tudo documentado. Quem quiser acreditar que isso é normal, basta, mas quem entender que está caracterizado ato ilícito”, justificou. 

Durante a leitura do relatório, o parlamentar que na próxima quinta-feira (14) assume como ministro na Secretaria de Governo discorreu sobre os motivos para pedir os indiciamentos e suspensão dos benefícios de colaboração premiada. 

Para justificar a suspensão dos benefícios dos irmãos Batista ele afirmou que não está dentro da lei a imunidade concedida. “Ele concedeu inédita imunidade penal e processual em troca de pouca prova e a lei de delações proíbe que o chefe da quadrinha seja denunciado com imunidade e isso foi desconsiderado, por quem deveria promover a lei”, justificou sobre a concessão dada pelo Ministério Público Federal aos delatores. 

“Eu estive em contato com promotores, policiais federais, inclusive o então diretor geral da PF e ele coloca que a atitude normal, era antes de partir para qualquer atitude, periciar o áudio e não foi periciado. Baseado em ilações concluiu pela prática de crimes do Presidente da República, já que a tal operação controlada pela mala do Rocha Loures não chegou onde pensou que ia chegar”, afirmou no relatório. 

Ele questionou a falta de uso de tecnologia para rastrear a mala de Rocha Loures, que segundo ele não teria chegado onde queriam que chegassem, dando a entender sobre uma possível armação. 

“Será que essa mala não tinha chip? Será que uma mala preparada não tinha um chip ou ela tinha chip e não foi revelado porque a mala não chegou onde queriam que chegasse. Porque é absurdo que nos dias de hoje se faça uma investigação para seguir uma mala e não se use dos meios eletrônicos. Meu filho tem 14 anos e consegue me seguir se quisesse”, afirmou. 

Presidente?

Além disso, o relator pontuou outros “senões” que segundo ele fazem com que Janto tenha tentado virar presidente. “Eu trabalhei com três sub-relatores, com trabalhos divididas e ficou sob minha análise as situações controversas, como acordos de delação, benefícios inéditos, que quase derrubou, tentou derrubar o presidente, eu sinceramente concluo que ouve uma conspiração para que o Rodrigo Janot pudesse controlar sua própria sucessão”, acusou em entrevista antes do relatório

 


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