Apesar de assuntos de Campo Grande predominarem nas discussões na Câmara Municipal, às vezes, a polarização 'Bolsonaro e Lula' é levantada, caso que aconteceu na sessão desta terça-feira (17). O vereador Tiago Vargas (PSD) usou microfone para criticar entrevista em que o ex-presidente da República critica as Forças Armadas e diz que só conversará com a instituição se for eleito.
Em dado momento, Tiago Vargas disse 'vagabundo' para se referir à Lula, o que não foi bem visto. O presidente da Casa de Leis, vereador Carlão (PSB), disse que cada um tem direito de ter determinada opinião, mas sem que sejam usadas palavras de baixo calão.
"Está rolando um vídeo do ex-criminoso, ex-presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva. Lula falando para seus discípulos que ele será chefe da Polícia, da Justiça, das Forças Armadas, que moral que este vagabundo tem para falar que vai ser chefe. A única moral que este canalha tem é para ser chefe das organizações criminosas do País. É um absurdo, é por essas e outras, que dia 7 o Brasil vai parar".
Na sequência, o presidente Carlão disse que o uso da palavra é um direito do parlamentar, mas sem falas baixas. "Vossa excelência sabe disso. Eu vou pedir para retirar da ata a palavra 'vagabundo', mas o resto está valendo", disse o dirigente 'esquecendo' a palavra 'canalha' — que a vereadora Camila Jara (PT) lembrou em seguida.
"O presidente mais elogiado pelo mundo, que levou o País à sexta economia mundial, que tirou o Brasil do mapa da fome, criou o Minha Casa, Minha Vida. Mas o mais triste é um vereador que não conhece a Constituição do País. Quando alguém assume o status de presidente da República, automaticamente, ele se torna chefe das Forças Armadas. Então, falta conteúdo, falta conhecer os dados e um pouco de senso de justiça social", disse a parlamentar do PT sobre o discurso do vereador.
Em entrevista a sites nacionais, Lula disse que, caso eleito, vai fazer as Forças Armadas cumprirem seu papel constitucional, que seria garantir a soberania nacional contra possíveis inimigos.
