02/09/2015 às 19h37min - Atualizada em 02/09/2015 às 19h37min

Dilma não descarta volta da CPMF

Apesar de o tributo não a agradar, a presidente considera qualquer medida para aumentar arrecadação

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Dilma diz que dentro de uma família há divergências / REUTERS/Ueslei Marcelino Dilma diz que dentro de uma família há divergências REUTERS/Ueslei Marcelino

A presidente da República, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira que não descarta qualquer medida para aumentar a arrecadação, mas que a ideia de retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) não a agrada. 

Dilma fez uma entrevista no Palácio do Planalto, após o Orçamento de 2016 lançado pelo governo apresentar déficit de R$ 30 bilhões. Ela comparou a gestão pública com a gestão familiar e disse que a dona de casa, quando tem problema, abre o diálogo com o restante da família. 

Dilma Rousseff também disse estar confiante nos cálculos do Orçamento, depois de ter as contas questionadas no Congresso pelo relator da comissão mista. Segundo a presidente, o governo apresentará medidas no momento adequado para tentar reverter as previsões negativas, sem fugir à responsabilidade do Executivo. 

A presidente disse que entregou o Orçamento com o rombo para estimular o debate sobre a situação do país. 

Sobre a Fazenda, a petista negou desgaste no relacionamento com o ministro Joaquim Levy e disse que o governo é uma família, sendo que todos têm diversas opiniões, mas, quando chegam a um consenso, todos o defendem.

A presidente afirmou que ele não está "isolado" ou "desgastado" dentro do governo e buscou empurrar para longe as especulações de que ele poderia estar perdendo espaço na condução da política econômica. "O ministro Levy não está desgastado no governo, ele participou conosco de todas as etapas da construção deste Orçamento", afirmou Dilma.

"Dentro de uma família, só tem uma opinião? Não, dentro de uma família tem várias opiniões. O fato de haver opiniões de A, de B, de C, de D,... não significa que a família está desunida, significa que ela debate, discute", afirmou a presidente, acrescentando que, a partir do momento em que se toma uma posição, "ela é de todos nós".

 


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