30/11/2022 às 07h49min - Atualizada em 30/11/2022 às 07h49min

Professores da Rede Municipal de Campo Grande decretam greve a partir de sexta-feira

Profissionais recusaram, por unanimidade, a proposta da prefeita Adriane Lopes

DA REDAÇÃO/CORREIO DO ESTADO
Divulgação
Nesta terça-feira (29), profissionais da educação pública da Rede Municipal de Ensino (REME) se reuniram para debater a proposta oferecida pela prefeita Adriane Lopes, que tenta amenizar a falta do reajuste salarial de 10,39%, previsto para esta quarta-feira (30).

A proposta oferecida pela prefeitura consiste em um adiantamento de 4,78% de dezembro, somado a R$ 400 de auxílio alimentação.

Durante a assembleia-geral, realizada no início da tarde desta terça-feira, os professores recusaram, por unanimidade, a proposta da prefeita, e votaram pela greve, que será realizada do dia 2 até o dia 9 de dezembro. Durante o período, algumas ações, como passeata, ida à câmara e “acampamento” na prefeitura, vão ser realizadas.

Lucílio Nobre, presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), explica que, desde o dia 1º de novembro, o sindicato tenta uma resposta da prefeita sobre o cumprimento dos valores, que haviam sido acordados no início do ano. Gerson Oliveira/Correio do Estado“Na reunião que tivemos com ela, no dia 18, de manhã, ela não apresentou nenhuma resposta, nem dos 10,39% e nem dos 4,78% de dezembro. Saiu sem nada, de mãos vazias. Disse que às 15h eu poderia buscar a proposta na Prefeitura. Essa proposta saiu às 18 horas. Apresentamos na assembleia esse documento, que trazia os 4,78% de dezembro, mas não contemplava os 10,39%, que é o que temos que focar agora. Nós temos de cobrar”, ressaltou.

 Lucílio Nobre também ressalta que o auxílio alimentação, oferecido pela prefeitura, representa um valor percentual baixo, e não contempla a todos. Logo, não supre a falta do reajuste.

“Primeiro, o auxílio alimentação significa 1,7%, em média. Segundo, o aposentado não leva isso em sua aposentadoria. Ao aceitar o auxílio alimentação, você exclui os aposentados e aposentadas”, destacou.

Em 2015, os profissionais também realizaram uma greve. No período, a legislação não existia, e o acordo feito com o prefeito não foi cumprido. Desde então, estão sem reajuste salarial.

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