01/12/2022 às 08h57min - Atualizada em 01/12/2022 às 08h57min

Militares da ativa propõem golpe de Estado, sem qualquer punição

O comportamento, passível de punição como transgressão disciplinar, tem sido motivo de preocupação nas cúpulas militares. O comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, orientou os subordinados a não se envolverem com as manifestações.

DA REDAÇÃO/CORREIO DO BRASIL
o general Augusto Heleno, na reserva, é um dos mais ativos defensores do presidente Bolsonaro (PL)
Militares da ativa das Forças Armadas permanecem em seus postos, sem responder ao menor ato administrativo, mesmo de pois de participar ativamente nas manifestações antidemocráticas que propõe a deposição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes mesmo da posse. Oficiais e praças do Exército, da Marinha e da Aeronáutica se incorporaram à vigília do bolsonarismo e têm sido flagrados em atos presenciais no entorno de quartéis, bem como em publicações de viés golpista nas redes sociais. Tais manifestações são proibidas pelas regras das Forças Armadas.

O comportamento, passível de punição como transgressão disciplinar, tem sido motivo de preocupação nas cúpulas militares. O comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, orientou os subordinados a não se envolverem com as manifestações, durante reunião com os generais da ativa, mas as recomendações dos oficiais superiores têm sido largamente ignoradas, sem a menor repressão.

Aliados

O desrespeito às normas legais chega aos postos mais altos. O tenente-coronel Darlan Sena, assessor direto do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) é um dos autores de mensagens golpistas. Logo após a vitória de Lula, o oficial adotou como imagem de perfil a foto do general Newton Cruz, conhecido por representar a repressão no regime militar. Sena é militar da ativa e exerce função gratificada no Palácio do Planalto, na equipe de comunicação de Augusto Heleno.

Heleno é um dos mais radicais aliados de Bolsonaro e chegou a dizer que “infelizmente” Lula não estava doente.

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