20/03/2023 às 07h05min - Atualizada em 20/03/2023 às 07h05min

Alunos protestam contra novo ensino médio no Centro de Campo Grande

Segundo grupo, novos conteúdos priorizam apenas áreas técnicas e profissionais.

DA REDAÇÃO/CGNews
Divulgação
Grupo de estudantes e professores realizaram manifestação pacífica pelo fim do novo ensino médio durante o fim da tarde desta quarta-feira (15), na região central de Campo Grande.

O coletivo, que se reuniu na Praça do Rádio por volta das 16h30, caminhou até a Praça Ary Coelho, chegando a interromper o tráfego de veículos nas ruas 15 de Novembro e 13 de Maio. A ação foi acompanhada por membros da Agência Municipal de Trânsito (Agetran) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM)

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Jaime Teixeira, as mudanças buscam preparar o jovem apenas para o ensino técnico. "Nossa intuito aqui é apoiar os alunos e fazer o movimento ter voz, os estudantes merecem um ensino de qualidade e não isso que estão querendo oferecer".

O novo ensino médio altera a Base Comum Curricular (BNCC), amplia o tempo mínimo na escola de 2,4 mil a 3 mil horas anuais e prioriza conteúdos voltados às áreas de conhecimento escolhidas pelos próprios estudantes.

Dessa forma, as disciplinas tradicionais seriam substituídas por quatro temáticas, elaboradas na formação técnica e profissional. São elas: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e ciências humanas e sociais aplicadas.

Segundo a professora Maria Lima, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) pontuou ao Campo Grande News que a manifestação foi pensada para mobilizar a população sobre mudanças que afetam o ensino de jovens de todo o país. "Como professora, vim apenas dar um apoio e ajudar eles a reivindicar os direitos, esse ensino médio não prioriza o conhecimentos, a forma que deveria ser aplicado essa reforma do ensino aqui não funciona".

Histórico - Na última terça-feira, o secretário estadual de educação Hélio Daher participou de diálogo para ampliação do novo ensino médio em Mato Grosso do Sul. Ao portal de notícias do governo, o responsável da pasta afirmou que a melhor maneira de corrigir "o que não deu certo" é criar um novo instrumento de escuta.

"É um momento importante. Precisamos manter o diálogo e considerar como estão os contextos nos Estados. Temos desafios pela frente e muitos já foram superados nestes primeiros anos de implantação".

Já nesta quinta (16), secretários de todo o país voltarão a se encontrar para uma nova conversa com o MEC. De forma presencial, desta vez a pauta será mais abrangente e fará parte da agenda formulada pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed).

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