04/06/2018 às 23h33min - Atualizada em 04/06/2018 às 23h33min

Em enquete, 69% dos leitores dizem ser contra pedidos de intervenção militar

Para a maioria, manifestantes pró-intervenção distorceram até pauta dos caminhoneiros

Amanda Amaral
topmidianews

A enquete desta semana realizada pelo TopMídiaNews questionou ao leitor sua opinião sobre os pedidos de intervenção militar, trazidos à tona recentemente durante a paralisação de caminhoneiros, por uma parcela de manifestantes. O resultado da pergunta demonstrou que 69% dos participantes são contra a intervenção de militares no Brasil, contra 31% que diz apoiar.

Apesar de ser defendida por alguns grupos, políticos, independentes ou dos próprios caminhoneiros, a tomada de poder pelos militares seria ilegal e pedidos a seu favor são até mesmo investigados pelo MPF (Ministério Público Federal) no Rio Grande do Sul. Segundo o órgão, foi excedido o direito de manifestação, o que resultou em atentados à Lei de Segurança Nacional.

Na carona das especulações nas redes sociais, as fake news deram conta de que haveria, inclusive, uma data marcada para que os militares agissem e ‘tomassem as rédeas’ do país. As mensagens de WhatsApp foram um dos principais canais para dispersar essa corrente de opinião.

Em Campo Grande e outras capitais, houve certo ‘barulho’ em carreatas e buzinaços. Em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), faixas e cartazes tinham escritas frases pelo pedido de intervenção.

Presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes se manifestou em nota oficial que a demanda era preocupante, oportunista, equivocada e que não seria o remédio apropriado à situação da alta dos combustíveis. No texto, disse que a maioria dos participantes ‘dessa grande e única manifestação’ defenderem uma solução autoritária para o País e se diz ‘assustado com essa posição’.

Em entrevista à revista Veja, o general Hamilton Mourão disse que intervenção militar não é ‘solução imediata’ ou ‘varinha de condão que faz plim, plim e está tudo resolvido’. “O país não tem que ser tutelado pelas Forças Armadas”, afirmou.


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