O ex-campeão do UFC, Anderson Silva, foi punido com a suspensão de um ano pela Comissão Atlética de Nevada, no caso de doping realizado depois da vitória do brasileiro sobre Nick Diaz, no UFC 183, em janeiro deste ano.
Para o comentarista de MMA Román Laurito, do Bandsports e daBradesco Esportes FM, a defesa do lutador se atrapalhou durante o julgamento, realizado nesta quinta-feira, em Las Vegas (EUA).
“A defesa se enrolou e a postura do Anderson Silva durante o julgamento também incomodou a comissão, ele foi um pouco arredio e não quis entrar muito em detalhes, alegando que o uso do estimulante sexual seria algo exclusivo da sua vida particular e ele não queria expor isso, mas não convenceu”, disse.
Por ser uma punição retroativa, portanto válida a partir de janeiro deste ano, na opinião de Laurito, o gancho de um ano acabou ficando barato para Anderson.
“Na prática, ficou barato para o Anderson Silva. Quem o acompanha através das redes sociais pode ver que ele continua treinando normalmente e sua rotina não se alterou. É um atleta que, pela idade que tem e pelo status que conquistou, faz em média uma luta por ano. Se pensarmos que a sua luta foi em janeiro, daqui um ano luta de novo como se nada tivesse acontecido”, completou.
O comentarista também disse que a punição financeira de 30% sobre a bolsa de US$ 600 mil, mais o bônus de US$ 200 mil pela vitória, não afetaram muito o lutador, pois Anderson tem participação nos lucros de transmissão de suas lutas.
“Em relação à punição financeira, por mais que tivessem tirado 30% da bolsa dele e o bônus que ele ganhou pela vitória, o grosso mesmo vem do pay per view. Ele é um atleta que conseguiu essa conquista de participar do lucro do pay per wiew. Sabemos que um evento desse fatura milhões e ninguém mexeu nisso, pois a Comissão Atlética não tem esse poder”, concluiu.